quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Formação - 1143 a 1500 (2ª parte)

 
No reinado de D. Fernando, Portugal enfrentou uma Guerra Civil, originada pela morte do rei, que não deixou nenhum filho varão. Portugal estava sem herdeiro da Coroa e a ameaça da perda da independência para o reino de Castela era uma realidade.
 

Possíveis herdeiros da Coroa:
- D. Leonor Teles de Menezes, mulher de D. Fernando, de origem castelhana.
- D. Beatriz, filha de D. Fernando, casada com o rei de Castela, D. Juan I.
- D. João de Castro, meio irmão de D. Fernando, filho ilegítimo de D. Pedro I.
- D. João Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, outro filho ilegítimo de D. Pedro I.

Num primeiro momento, D. Leonor Teles de Menezes governa o reino. Porém, ela começa a beneficiar os nobres castelhanos, o que gera uma onda de descontentamento no reino...

Em 1383, D. João Mestre de Avis manda assassinar dois partidários da rainha (o Bispo de Lisboa e o Conde de Andeiro). A rainha perde poder e D. João Mestre de Avis ganha-o...
Em 1394, D. Juan I junta o seu exército e faz o primeiro cerco a Lisboa, mas tem de recuar, devido à Peste Negra que acaba por dizimar o seu exército.
Batalha de Aljubarrota
Em 1395, D. Juan I volta a reunir as tropas para atacar Lisboa, desta vez com a ajuda dos franceses. Porém, D. João Mestre de Avis prepara um exército, apoiado pelos ingleses, e vai ao encontro das tropas castelhanas na zona de Aljubarrota. Portugal ganha a Batalha e em 1385 o Mestre de Avis é aclamado rei de Portugal. Dá-se início à 2ª Dinastia, a Dinastia de Avis - D. João I.

D. João Mestre de Avis
D. João I




A sobrevivência política de Portugal como reino independente de Castela teve grande importância para o reino a todos os níveis: Portugal estava formado, com as suas fronteiras delimitadas e a sua autoestima bem alta!

D. João I governa Portugal desde 1385 a 1433, e é no seu reinado que começa a expansão de Portugal fora do território europeu.

  • Causas da Expansão:
- Expansão territorial, num mundo em que a posse da terra gera a riqueza;
- Expansão da cristandade, num mundo em que todas as pessoas que não fossem cristãs eram vistas como "perdidas".
- Ocupação da Nobreza portuguesa, que desde a paz com Castela, em 1411, encontrava-se sem nada para fazer.
- Procura de mão-de-obra, uma vez que a Peste Negra tinha matado muita população.
- Procura de bens que não existiam em Portugal, como o metal ou a prata.
- Descoberta do caminho marítimo para a Índia, uma vez que as especiarias eram uma fonte de riqueza e a viagem terrestre comportava grandes despesas e perigos.

D. João I coloca à frente deste movimento de Expansão o seu filho, o Infante D. Henrique, que, com a conquista de Ceuta, abre um novo mundo por descobrir para toda a Europa.
1415 - Conquista de Ceuta                                 Infante D. Henrique




 
Nos anos que se seguem, grandes mudanças económicas vão acontecer em Portugal, devido, claro, à expansão marítima.
A registar, no entanto, que Portugal continuava a ser um país rural, ou seja, o povo vivia do trabalho agrícola e a Coroa continuava com alguns problemas no controlo dos proprietários. Por essa razão, no reinado de D. Duarte II, filho de D. João I, é publicada outra lei que tem como fim a concolidação do poder da Monarquia:
1434 - Lei Mental.


Sugestão: veja os documentários e fique a saber mais sobre o período da formação de Portugal e o início da expansão marítima.
 
 

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